sábado, 23 de maio de 2009

Eu sei que a gente se acostuma. Mas não devia.





A gente se acostuma a morar em apartamento de fundos e não ver vista que não sejam as janelas ao redor. E porque não tem vista logo se acostuma a não olhar para fora. E porque não olha para fora, logo se acostuma e não abrir de todo as cortinas. E porque não abre as cortinas, logo se acostuma a acender mais cedo a luz. E, à medida que se acostuma, se esquece do sol, se esquece do ar, esquece da amplidão.A gente se acostuma a acordar sobressaltado porque está na hora. A tomar café correndo porque está atrasado. A ler o jornal no ônibus porque não pode perder tempo. A comer sanduíche porque não dá para almoçar. A sair do trabalho porque já é noite. A cochilar no ônibus porque está cansado. A deitar cedo e dormir pesado sem ter vivido o dia.
A gente se acostuma a abrir o jornal e a ler sobre a guerra. E aceitando a guerra, aceita os mortos e que haja números para os mortos. E aceitando os números, aceita não acreditar nas negociações de paz. E não aceitando as negociações de paz, aceitar ler todo dia de guerra, dos números, da longa duração.
A gente se acostuma a esperar o dia inteiro e ouvir no telefone: “hoje não posso ir”. A sorrir para as pessoas sem receber um sorriso de volta. A ser ignorado quando precisa tanto ser visto.
A gente se acostuma a pagar por tudo o que se deseja e necessita. E a lutar para ganhar com que pagar. E a ganhar menos do que precisa. E a fazer fila para pagar. E a pagar mais do que as coisas valem. E a saber que cada vez pagará mais.
E a procurar mais trabalho, para ganhar mais dinheiro, para ter com que pagar nas filas em que se cobra.
A gente se acostuma a andar nas ruas e ver cartazes. A abrir as revistas e ler artigos. A ligar a televisão e assistir comerciais. A ir ao cinema e engolir publicidade. A ser instigado, conduzido, desnorteado, lançado na infindável catarata dos produtos.

A gente se acostuma à poluição, às salas fechadas de ar condicionado e ao cheiro de cigarros. À luz artificial de ligeiro tremor. Ao choque que os olhos levam à luz natural. Às bactérias de água potável. À contaminação da água do mar. À morte lenta dos rios. Se acostuma a não ouvir passarinhos, a não ter galo de madrugada, a não colher fruta no pé, a não ter sequer uma planta por perto.
A gente se acostuma a coisas demais para não sofrer. Em doses pequenas, tentando não perceber, vai afastando uma dor aqui, um ressentimento ali, uma revolta lá.Se o cinema está cheio, a gente senta na primeira fila e torce um pouco o pescoço. Se a praia está contaminada, a gente só molha os pés e sua o resto do corpo. Se o trabalho está duro, a gente se consola pensando no fim de semana. E se no fim de semana não há muito que fazer, a gente vai dormir cedo e ainda fica satisfeito porque tem muito sono atrasado.
A gente se acostuma a não falar na aspereza para preservar a pele. Se acostuma para evitar sangramentos, para esquivar-se da faca e da baioneta, para poupar o peito.
A gente se acostuma para poupar a vida.
Que aos poucos se gasta, e que, de tanto acostumar, se perde de si mesma.
:(

domingo, 17 de maio de 2009

Anciosa pelo amnhãa =)


Amnhã voltarei ao meu medico, e estou muito preocupada com esse nodulo, não sei se as dores q estous entido de vezenquando tem alguma influencia dele, mas espero que não! a odos desejo uma otima semana!!!


by


sábado, 16 de maio de 2009

σ тιρσ ¢єятσ ∂є gαяσтα єяяα∂α...¢σm тσ∂σร σร ∂єƒєιтσร ∂є υмα gαяσтα ρєяƒєιтα"~...

hoje dia 16 de maio, estou quase fazendo um mes de uma nova vidaaa, dia 28 de abril passei por uma cirurgia de hiperhidrose, escesso de suor nas mãos e nos pés, para algumas pessoas pode parecer ua besteira, sem necessidade, mas para quem tem esse tipo de disturbio nas galdulas sudoriparas é um incomodo.
Desde pequena ou desde q me entendo por gente eu tinha esse problema, no catessismo na hora da oração eu ja ficava nervosa, pois sabia que as pessoas quando pegavam na minha mão me olhavão com uma cara assutada, tipo "O q vc tem nas mão", era muito costrangedor, apresentar trabalho em clegio nem fale, a gente ja fica nervosa por natureza, imagine quem tem isso, eu molhava pael quaquer coisa q eu pegasse.
Cresci comecei a seguir meu caminho, trabalhar, fazer cursos, e p isso pegar onibussss de ++++
agora quando o onibus ta lotado???? pegar naqueles corrimãos com as mãos pingando, e os pes escorregando na chinela, é chinela so andava d echinela porq as sandalhas quebravam ou machucavam meu pes,... consegui a cirurgia com um dos medicos que trabalho foi um anjo da guarda, passei quase 6 meses atraz dessa cirurgia, fiz exames pre-operatorios, e em um desses exames descobriram um nodulo no meu pulmão direito de 1 cm, ~bate uma tomografia para saber se era maligno ou benigno, eu ia esperar masi de 15 dias p receber o resultado, e dentro desse tempo era natal e ano novo do ano passado, mas graças a deus quando eu fui fazer o exame meu medico dr. Newton Albuquerque meu segundo anjo foi acomphar o exame e viu q era benigno, depois ele me falou q se eu quisesse retirar o tumor poderia , e eu disse q sim!!!!
A cirurgia foi adiada diversas veses, mas dia 28 de abril as 9:00hs da mnhã entrei p sala de cirurgia, a ultima coisa q me lembro foi que olhei pro relogio e era 9.20 e apaguei. Me reanimaram e fui p UTI, fiquei de 1 da tarde as 8 da mnhã do dia 29 lá, juro nunca masi quero voltar,,, não retiraram o nodulooo, disseram que não queriam mexer sem saber o que realmente era, e sem necessidade mas vou ficar fazendo acompanhamento.
Hoje estou aki com minhas mão sequinhas, os pes nem tanto mas diminuiram bastante!!!!
Foi um sonho que realizei, corri atraz e concretizei, e agradeço a todos que me apoiaram e estiveram do meu lado!!!! Bjusss ****